Patavium era a designação que os antigos romanos davam à atual cidade de Pádua (Itália), nos primeiros anos da era cristã. “Patavino” seria, então, o habitante de Patávio. Era natural desta cidade Tito Lívio, orador e historiógrafo latino, cujas obras incluíam palavras e construções regionais, próprias da sua cidade, de difícil compreensão para quem não era daí oriundo. Assim, “não saber patavina” significava não compreender o que Tito Lívio escrevera.
Há, todavia, outra explicação: a Universidade de Pádua era uma das mais importantes europeias na Idade Média, sobretudo no ensino do Direito. Nenhum estudioso de Direito que se prezasse poderia ignorar a ciência jurídica proveniente de Pádua, sob pena de não saber nada, isto é, quem não conhecesse a escola de Patavium “não sabia patavina”.
Esta palavra chegou até nós com uma dupla acepção: “nada, coisa nenhuma” e “ dizer tolices, coisas que não se entendem”.