Após a derrota na 1.ª Guerra Mundial, a Alemanha transformou-se numa democracia, com um novo governo formado por Sociais-democratas e partidos liberais. Os custos gigantescos, provocados pelo esforço de guerra, originaram uma inflação galopante e o desemprego subiu acima dos 5 milhões. Os partidos nacionalistas e o recém fundado Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, Partido Nazi, atribuíram a culpa, pelo caos então instalado na Alemanha, à constituição democrática, às divergências entre os partidos políticos e às exigências do Tratado de Versalhes. Mas foi, acima de tudo e de todos, o “Judeu” que consideraram o verdadeiro culpado pela situação humilhante em que se encontrava a nação alemã.
Essa convicção, sustentada pela ideia Nacional Socialista de “raça superior”, que enraizava na crença de que os “Arianos” constituíam a elite destinada a governar e a escravizar os povos “inferiores”, justificava a implementação de medidas que conduzissem ao extermínio dos Judeus.
Assim, em Março de 1933, dois meses após a conquista do poder, Adolf Hitler aproveitou a inauguração dos dois primeiros campos de concentração – Oranienburg e Dachau – para definir a base do sistema concentracionário nazi:
A brutalidade inspira respeito. As massas têm necessidade de quem lhes incuta temor, de quem as converta numa mole temerosa e submissa. Não quero que os campos de concentração se transformem em pensões familiares. O terror é o mais eficaz dos instrumentos políticos. Os descontentes e os insubmissos, quando souberem o que os espera nos campos de concentração, pensarão duas vezes antes de nos desafiarem. Agrediremos os nossos adversários com uma feroz brutalidade, não hesitando em vergá-los aos interesses da nação.
Com o início da 2.ª Guerra Mundial, recomeça a perseguição obsessiva ao povo judeu. Depois de 1942, e com o objectivo de encontrar a “solução final para a questão judaica”, os nazis inauguraram uma nova filosofia para a mão-de-obra escrava, o “extermínio pelo trabalho”, então considerado, por Heinrich Himmler, uma “necessidade imperiosa”, face à viragem da guerra a favor das tropas aliadas.
Contabilizar o número de vítimas das câmaras de gás, das experiências “científicas” ou da aplicação de meios “sofisticados” de tortura é naturalmente difícil, contudo estima-se que mais de seis milhões de judeus tenham sucumbido em consequência dos excessos da paranóia colectiva das S.S.
Com a presente exposição, pretendemos lembrar um dos mais desumanos e abjectos capítulos da História da Humanidade, o HOLOCAUSTO ou SHOAH, porque acreditamos que “Aquele que não recorda a História sujeita-se a vivê-la outra vez”.
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João Rovira