No dia 2 de fevereiro comemora-se o Dia Mundial das Zonas Húmidas, efeméride oficial das Nações Unidas, que tem por objetivo alertar para a importância deste tipo de ecossistemas. Em 2023, esta comemoração tem por tema “É tempo de restaurar as zonas húmidas”.
As zonas húmidas atenuam o impacto de cheias e tempestades, armazenam carbono, retêm e filtram a água, são essenciais para a biodiversidade (40% das espécies vivem ou reproduzem-se nas zonas húmidas), são fonte de alimento e água, asseguram os meios de subsistência para muitas populações humanas, impulsionam o turismo de natureza e aumentam o bem-estar.
Mas…, as zonas húmidas estão a desaparecer três vezes mais rapidamente do que as florestas e mais de 35% das zonas húmidas foram degradadas ou perdidas desde 1970. Reverter essa tendência é fundamental!
É por isso que o tema de 2023 destaca a necessidade urgente de dar prioridade ao restauro das zonas húmidas e convoca toda uma geração a tomar medidas para reavivar e restaurar as zonas húmidas degradadas. “É tempo de restaurar as zonas húmidas” enquadra-se, assim, na Década das Nações Unidas para o Restauro dos Ecossistemas. Esta iniciativa global, que vai de 2021 a 2030, lidera e inspira o restauro de ecossistemas em todo o mundo.
Sabendo que as zonas húmidas são o ecossistema mais ameaçado do mundo e que é necessário que todos contribuam para a sua manutenção e restauro, a Escola Básica e Secundária Martinho Árias não ficou indiferente.
Assim, no âmbito do Programa Eco-escolas, durante o dia de hoje, alunos de duas turmas criaram um charco numa zona verde da nossa escola com a orientação do investigador Jael Palhas, do Centro de Ecologia Funcional, que se dedica também à Educação Ambiental e dá apoio a projetos de gestão e conservação de zonas húmidas. Esta atividade teve como objetivos criar uma zona húmida rica em biodiversidade e com espécies diferentes das já existentes na escola, contribuir para a ligação da comunidade escolar à Natureza, promover a cidadania ativa e pensamento crítico, além de permitir que os alunos desenvolvam um projeto de aprendizagem ativa em trabalho de campo.
Um “Charco com vida”, onde foram inseridas espécies vegetais variadas, algumas raras e muito raras.
Agora é preciso cuidar, preservar e ir vendo a evolução deste novo ecossistema criado nos jardins da Escola